Monitoramento da biodiversidade em Rondônia será compartilhado em banco de dados público

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Monitoramento da biodiversidade em Rondônia será compartilhado em banco de dados público
16 de abril de 2019 | Governo do Estado de Rondônia

Trilhas estão sendo abertas nas unidades de conservação ambiental do Estado de Rondônia para monitoramento da biodiversidade. Oito unidades foram contempladas com o fomento da Coordenadoria de Unidades de Conservação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) que garantiu o financiamento das atividades pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Um acervo de informações estará disponível no site da coordenadoria a partir do segundo semestre com o levantamento dos dados adquiridos com o monitoramento.

Transectos de monitoramento são estradas no meio da floresta que proporcionam maior conhecimento sobre a fauna, flora e rios, e possibilitam o compartilhamento de dados e fotos da biodiversidade rondoniense. Há mais de 23 anos, as unidades de conservação foram criadas com intuito ambiental e para geração de investimentos. Sem um banco de dados para oferecer à comunidade rondoniense, agora o Estado disponibilizará um acervo de pesquisas desenvolvidas nas unidades, a nível nacional e internacional, com estudos da biodiversidade, fauna e flora, atendendo às universidades e pesquisadores.

O monitoramento acontecerá em oito unidades: Rio Preto Jacundá em Machadinho D'Oeste, Parque Guajará e Pacaás-Novos em Guajará-Mirim, Serra dos Reis e Reserva Cautário em Costa Marques, Estação Ecológica Três Irmãos em Porto Velho, Estação Ecológica Samuel em Cadeias do Jamari, e Corumbiara. As ações ocorrem em dois momentos, na transição do período de seca para chuvoso e do período chuvoso para a seca. Com os parâmetros e dados científicos coletados será possível compartilhar o banco de dados, que permitirá maiores investimentos e avanço nas pesquisas ambientais, mostrando a importância da manutenção das unidades de conservação.

De maio a junho estão programadas as atividades de monitoramento nas unidades de proteção integral e em junho e julho o monitoramento nas unidades de uso sustentável. A atuação contará com a participação de biólogos técnicos para conhecer a realidade de cada unidade, suas espécies incidentes e como vivem, bem como o monitoramento das borboletas, que são responsáveis pelo parâmetro de conservação. "Quando a gente analisa as borboletas, conseguimos analisar como está a conservação e comportamento da biodiversidade das unidades", explicou o coordenador Denison Trindade Silva, acrescentando a realização da análise de crescimento volumétrico das espécies florestais, para entender a duração de crescimento do diâmetro, onde os estudos científicos permitem o conhecimento para desenvolvimento de exploração nas áreas.

As unidades de conservação recebem duas classificações: as unidades de proteção integral são as mais restritivas quanto à biodiversidade, nascentes, rios e espécies ameaçadas de extinção, com maior rigor na preservação e proteção, onde a presença humana é limitada para não interferir no ecossistema, abrangendo os parques, reservas biológicas e estações ecológicas. As unidades de uso sustentável são as florestas de rendimento sustentável e as reservas extrativistas, menos restritivas, que permitem pessoas utilizando as áreas conforme o plano de manejo, que orienta sobre o que é permitido ou não executar no local.

O projeto é uma contrapartida do Governo com o programa Arpa, onde o Estado executa o recurso para as ações desenvolvidas às unidades contempladas, e o programa fornece o financiamento para abertura das trilhas de monitoramento, diárias, logística e manutenção das pesquisas. Além dos técnicos, os extrativistas e pessoas que vivem no entorno das unidades foram capacitados no passado e serão contribuintes com o monitoramento. "Começa a tirar a visão que a unidade de conservação é intocável e não pode gerar renda às famílias. Esse é o intuito dessas ações pessoais com as comunidades", afirmou.

O programa de monitoramento é acompanhado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que realiza as metodologias de aplicação replicadas para todo o Brasil. Após o primeiro período de monitoramento, em agosto serão disponibilizados no site da Coordenadoria de Unidades de Conservação os resultados preliminares.

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